Bom dia!
Título:
Anjo Mecânico Série:
Peças Infernais Autor:
Cassandra Clare Editora:
Galera Record
“Tessa Gray tem um anjinho mecânico pendurado no pescoço, um presente de família do qual nunca se separa. O tique-taque do pingente faz com que ela se sinta segura junto à lembrança dos pais que já morreram. Mal sabe Tessa que esse barulhinho muito em breve vai se tornar o odioso som de um exército comandado pelas forças do Submundo. Com os Caçadores de Sombras e seu recém-descoberto poder sobrenatural, ela enfrentará uma guerra mortal entre os Nephilim e as máquinas do Magistrado, o novo comandante das trevas na Londres vitoriana.”
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“- Mizpah – disse ele.
- O quê?
- É um modo de dar tchau sem dizer. – disse ele. - É
uma referência a uma passagem da Bíblia. E Mizpah,
pois ele disse, Deus vigia entre mim e ti quando
estamos afastados um do outro.”
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Após a morte da tia, Theresa Gray parte de Nova York e segue para Londres para morar com seu irmão Nathaniel. Mas ao chegar à cidade, é capturada pelas sinistras Irmãs Sombrias, que desejam que ela aprimore poderes que nem sabia que tinha.
As coisas ficam ainda mais complicadas quando Tessa é salva pelo Caçador de Sombras William Herondale e levada ao Instituto, onde fica sabendo da existência dos membros do Submundo. E lá que ela descobre que, na verdade, não é humana e que ninguém tem exatamente do que ela é.
Agora Tessa precisa ajudar os Nephilim a derrotar o Magistrado para salvar seu irmão e para descobrir sua verdadeira origem.
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“
- Quanto a temperatura do inferno, srta. Gray -
disse -, permita que eu lhe dê um conselho. O belo
jovem que está tentando resgatá-la de um destino
pavoroso nunca está errado. Nem se disser que o
céu é roxo e feito de ouriços.”
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Adoro os livros de Cassandra Clare, começando pelas capas. São simplesmente lindas. E a forma como a autora mistura drama, aventura e comédia é fabuloso. Terminei de ler o livro às 3h da madrugada de hoje, porque simplesmente não conseguiria pregar o olho antes de ver o fim.
Confesso que o Prólogo me assustou. Primeiro porque começou com um ‘crime’, assim como ‘Cidade de Ossos’. Segundo por causa dos sobrenomes: Gray, Black, Dark. E por último por causa do ‘Clube Pandemônio’, o mesmo nome da discoteca que é mencionada no 1º capítulo de ‘Cidade dos Ossos’. Quando terminei de ler o prólogo, pensei: “Affffffff! Essa falta de originalidade está acabando comigo!”. Mas, felizmente as coisas melhoram do primeiro capítulo em diante.
A narração é feita em 3ª pessoa, sob o ponto de vista de um ser onisciente e onipresente, sempre mostrando onde há algo de importante acontecendo. Há grandes quantidades de cenas de ação e reviravoltas em pontos inesperados. Mas não se pode negar que existem semelhanças entre ‘Anjo Mecânico’ e ‘Cidade dos Ossos’.
Apesar de não haver necessidade de você ler a série ‘Instrumentos Mortais’ antes de ler ‘Peças Infernais’, achei que fica mais fácil de entender essa história se você já conhecer os ‘termos’ utilizados na história. Pode ser impressão minha, mas as explicações pareceram-me um tanto vagas.
Agora falemos dos personagens:
Will é muito semelhante à Jace, só que pior! Esse garoto só pode ser bipolar! Ele quer que os outros acreditem que ele é cruel, mas às vezes baixa a guarda demonstrando ser gentil. Apesar de eu adorar certos comentários cínicos dele e a forma como ele trata Jem, eu ainda não consegui amar o personagem. Há um mistério para lá de cabeludo no passado dele e, talvez, depois que haja mais detalhes a esse respeito eu consiga sentir mais afeição por ele.
Tessa é uma leitora assídua de romances e poesias. Também tem um coração enorme, não se importando em correr riscos para ajudar as pessoas que ama. A coragem dela também impressiona se você analisar bem a situação em ela se encontra. No momento em que desembarca em um país desconhecido descobre que não é humana, que existem anjos/demônios/fadas, que há um maluco que o quer para ela e que seu único parente vivo encontra-se nas mãos desse mesmo maluco! E ainda tem o fato de ela vive no século XIX, época em que as mulheres eram submissas aos homens e só serviam para cuidar da casa e dos filhos. Para se ter uma ideia, uma solteira acima dos trinta anos era uma ‘velha solteirona’ e a mulher só tinha direito a pedir o divórcio se pudesse provar que o marido a traia E fosse cruel! Tinha que ser os dois, senão nada de separação!
Charlotte e Henry são um casal inusitado. Ele é estabanado, mas gentil e adorador de engenhocas mecânicas. Já ela passa o tempo todo tentando provar ao ‘mundo’ que mesmo sendo mulher é capaz de administrar o Instituto. O casamento dos dois parece ter sido um tipo de conveniência, mas Charlotte parece realmente amar Henry.
Jessamine é uma criatura estranha aos meus olhos. Enquanto Charlotte quer mostrar que uma mulher pode ser independente, Jess que ser nada mais que uma mulher submissa. Eu até compreendo que ela não queira levar uma vida cheia de perigos, lutando contra monstros. Mas o egocentrismo dela é quase cruel. Jogando a culpa de tudo nos outros, sem se importar com os sentimentos alheios.
Jem é meu personagem preferido! É aquele tipo de pessoa que tenta apaziguar a situação. Aquele amigo que está sempre lá para te dar apoio moral. Ele sofre de uma ‘doença’ misteriosa, que é revelada no final deste livro. A relação entre ele e Will é adorável. São como irmãos, um cuidando do outro. Pessoalmente, eu preferiria que Tessa se interessasse por Jem ao invés de por Will.
Magnus Bane está na história! Neste primeiro livro o nosso adorado feiticeiro faz uma aparição um tanto breve, mas ao que tudo indica terá participação ativa nos próximos volumes.
Esse livro termina com um CONTINUA gigantesco! Apesar de a ‘primeira batalha’ ter sido concluída e a história de Jem contada, mais nenhum dos mistérios foi revelado ainda! Estou morrendo de curiosidade, mas vamos ter que experar até o lançamento do próximo volume.
Agora começo a ler 'Beijada Por Um Anjo'.